Elas no comando: mulheres assumem protagonismo na Shell Eco-marathon 2025
Com 85% de mulheres no volante, a competição é marcada por forte presença feminina
Onde estão as mulheres na engenharia? Na Shell Eco-marathon Brasil 2025, a resposta não deixa dúvidas: estão no comando. Na 8ª edição brasileira da competição de eficiência energética, as mulheres lideram equipes, tomam decisões, projetam, constroem e pilotam veículos de alta performance. Em 85% das equipes, uma mulher assume o volante e em 20%, elas estão na liderança.
A cada edição da Shell Eco-marathon, a participação geral feminina cresce: em 2025, 26% do total dos participantes são mulheres, um crescimento de 28% em relação ao ano passado, impulsionadas por uma mudança cultural dentro das próprias equipes, a divisão mais equilibrada de responsabilidades e o incentivo à liderança técnica. Foi esse ambiente que atraiu Valentina Fava, estudante de Engenharia de Controle e Automação e integrante da equipe Ecoveículo Eletric, da Universidade Federal de Itajubá, Minas Gerais.
“Na minha faculdade, já conhecia a equipe e sempre admirei o propósito — de inovar, buscar eficiência, mas também por ter mais meninas envolvidas. Isso me fez querer estar aqui também. Eu aprendi muito mais no projeto do que nas aulas até agora, e aqui vejo outras meninas liderando, sendo técnicas, e isso inspira”, conta Valentina.
Pilotar os protótipos é uma das funções mais exigentes da competição, pois requer técnica, foco e resistência. Para muitas jovens, assumir o cockpit significa também assumir um espaço de visibilidade e liderança. É o caso de Brenda Oliveira, pilota e vice-capitã da equipe Milhagem, da Universidade Federal de Minas Gerais.
“Dentro da minha faculdade, dá para contar nos dedos quantas meninas têm nas salas de engenharia. Então, quando fui escolher uma equipe, procurei uma onde tivesse mais mulheres — e me senti mais acolhida. Ser escutada ainda é um desafio, principalmente em grupos majoritariamente masculinos, mas quando há mais representatividade feminina, tudo muda. A gente se sente mais forte, mais confiante para liderar”, conta.
Já para Beatriz Piotto, que estreia na posição na competição deste ano, para estar no volante é preciso disciplina e comprometimento. “Dizem que colocam meninas no cockpit só porque temos estatura menor. Mas pilotar não é só sentar no carro. É entender o veículo, treinar, reagir sob pressão. A gente vai para a pista com o mesmo objetivo: fazer dar certo e buscar o melhor desempenho”, conta Beatriz, também da equipe Ecoveículo Eletric.
Para muitas participantes, a Shell Eco-marathon é o primeiro ambiente técnico onde se sentem à vontade para aprender e se desenvolver. “Na minha sala de engenharia de controle e automação, tem poucas meninas. Aqui, no projeto, encontrei mais mulheres, fiz amizades e aprendi coisas que não tinha visto ainda na faculdade. É um ambiente mais confortável para mim”, complementa Beatriz. Na pista da Shell Eco-marathon, essa transformação já é realidade: jovens engenheiras, líderes e pilotas inspiram outras a ocuparem lugares; não só nos boxes, mas no futuro da engenharia.
Sobre a Shell Eco-marathon
É a competição global da Shell que convoca estudantes universitários para projetar, construir e operar protótipos de veículos com maior eficiência energética do mundo. Ao longo dos últimos 40 anos, o programa tem dado vida à missão da Shell de impulsionar o progresso, fornecendo mais soluções energéticas mais limpas. Tudo em nome da colaboração e da inovação, à medida que as ideias dos estudantes ajudam a moldar um futuro com menos emissões de carbono. Na 8ª edição brasileira, a competição tem três categorias de energia: Combustão Interna (gasolina e etanol), Bateria Elétrica e Hidrogênio. Cada categoria conta com duas classes de veículos: protótipo e conceito urbano. Para serem avaliados, os veículos passam por inspeção técnica e devem percorrer um circuito com o mínimo de combustível possível. A equipe vencedora será a que fizer a maior distância com a menor quantidade de energia. A competição reúne cerca de 500 estudantes de várias regiões do Brasil e de países como Peru, Colômbia e México.
Sobre a Shell
Há 112 anos no país, a Shell Brasil é uma companhia de energia integrada, com participação nos setores de Petróleo e Gás, Soluções Baseadas na Natureza, Pesquisa & Desenvolvimento e Trading, por meio da comercializadora Shell Energy Brasil. A companhia está presente ainda no segmento de Biocombustíveis por meio da joint-venture Raízen, que no Brasil também gerencia a distribuição de combustíveis e lubrificantes da marca Shell. A Shell Brasil trabalha para atender à crescente demanda por energia de forma econômica, ambiental e socialmente responsável, avaliando tendências e cenários para responder ao desafio do futuro da energia.
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