Década de 2020
A década de 2020 começa marcada por uma pandemia global, que obriga o mundo inteiro a rever conceitos, comportamentos e prioridades. No momento em que os recursos para tratar da situação de emergência se mostraram escassos, sociedade civil, governos e empresas unem forças para tentar enfrentar o inimigo em comum. Nesse contexto, a Shell Brasil desenvolve uma série de iniciativas locais com o objetivo de minimizar os impactos da Covid-19 no país.
Entre as ações, estão a parceria com a Rede D’Or para a construção e instalação de leitos de UTI em dois hospitais de campanha no Rio de Janeiro; a doação para instituições de apoio aos profissionais da classe teatral; a doação de máscaras de proteção com as cores do arco-íris para a Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, em virtude do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+; a contribuição para construção e manutenção de Laboratório de Campanha do NUPEM/UFRJ; a doação de kits de limpeza e higiene e cestas básicas para comunidades e quilombos do Rio de Janeiro; e muito mais.
E não foi só a pandemia que acelerou um processo de transformação em todo o planeta. No início desta década, muito impulsionado pelo Acordo de Paris e pela COP-26, os países intensificam ainda mais o debate em torno da transição energética, em busca de uma economia mundial de baixo carbono.
Nesse contexto, em fevereiro de 2021, a Shell anuncia sua nova estratégia global, responsável por mudanças disruptivas na companhia em todos os mercados: a Powering Progress. A estratégia está centrada em quatro pilares: atingir emissões líquidas zero até 2050, impulsionar vidas, entregar valor aos acionistas e respeitar a natureza.
Com o compromisso de ser uma empresa de energia de zero emissões líquidas até 2050, a Shell se compromete a trabalhar com seus clientes e em todos os setores da companhia para acelerar essa transformação.
E o Brasil tem papel de protagonismo nessa jornada, reunindo grandes oportunidades quando o assunto é descarbonização. O país, inclusive, é um dos principais destinos de investimentos da Shell globalmente na área de energias renováveis.
Em 2021, a companhia avança com projetos na geração de energia solar, com pedidos de outorgas em diferentes regiões do país. No ano seguinte, forma uma joint-venture para o desenvolvimento, construção e operação de um parque solar em Minas Gerais, que deverá ter capacidade instalada de aproximadamente 260MWp.
No mesmo ano, entra com pedidos de licenciamento ambiental junto ao Ibama para a geração de energia eólica offshore em seis projetos nos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Ainda no caminho da transição energética, a companhia pretende construir uma planta-piloto de geração de hidrogênio verde nas instalações do Porto do Açu, no Rio de Janeiro, que funcionará como um laboratório de pesquisa para desenvolver aprendizado, realizar testes de descarbonização e impulsionar essa indústria no país.
A transição não passa única e exclusivamente pelos renováveis, que certamente têm e terão uma participação de destaque na nova matriz energética mundial. O gás natural, abundante no Brasil, é visto pela Shell como uma fonte importante nesta equação, por ser um combustível fóssil menos poluente, além do seu papel na manutenção da segurança energética em momentos de intermitência das renováveis. Por meio da Shell Energy Brasil, a companhia firma sua participação no Novo Mercado de Gás ao celebrar contratos de processamento, transporte e distribuição de gás natural em diversos estados do país. Outro passo estratégico fundamental da diversificação do portfólio é a construção e operação da usina termelétrica Marlim Azul, em Macaé (RJ), que será abastecida pelo gás produzido nos campos do pré-sal brasileiro.
Enquanto reafirma seu apetite no segmento de renováveis e em soluções de energia limpa, a Shell expande sua atividade no negócio de Upstream, grande gerador de caixa para financiar a transição energética. Em meados de 2022, a companhia já possui participação em mais de 40 contratos de Exploração e Produção nas Bacias de Campos, Santos, Barreirinhas e Potiguar, evidenciando sua relevância no setor. Para a Shell, todas as fontes serão necessárias para responder ao futuro da energia dentro e fora do Brasil, tendo a diversificação como peça-chave na construção de uma matriz energética mais eficiente.
Essa diversificação vai além de assuntos técnicos, passa também por um conjunto de recursos humanos que vão fazer essa transição. Na agenda de Diversidade, Equidade e Inclusão, as metas para contratação e desenvolvimento de profissionais de grupos subrepresentados são ambiciosas. Para se aproximar cada vez mais do objetivo de ser uma das empresas mais diversas e inclusivas do mundo e gerar uma mudança em escala cada vez maior, em 2022 a Shell lança no Brasil um plano estratégico para transformar as intenções em ações, além dos KPIs de DE&I, que reforçam o papel das lideranças e dos próprios funcionários como incentivadores e propagadores da cultura inclusiva. Nessa mesma linha, o projeto DE&I Ambassador cria uma rede de conexão que convida a coparticipação de todos na transformação social, a partir da influência de embaixadores da empresa responsáveis por desenvolver e implementar ações.
Ainda no âmbito social, a companhia fortalece seu portfólio em Performance Social, com o lançamento do programa Shell StartUp Engine, de apoio a soluções inovadoras em energias renováveis, circularidade do plástico e cidades inteligentes. Além deste, Shell Iniciativa Jovem, Programa Shell de Educação Científica, Mar Atento e Quipea seguem com toda energia.
No guarda-chuva de marca e patrocínio, a companhia chega a nove projetos incentivados nas temáticas de cultura e esporte no Rio de Janeiro, Espírito Santo e em São Paulo.
No início dos anos 2020, os investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento continuam em crescimento, fortalecendo programas de robótica e mais de 180 projetos, três centros de inovação e pesquisa e 23 instituições acreditadas. Até 2027, 30% do investimento em P&D serão destinados a projetos voltados para a transição energética.
Década de 2010

A segunda década do século XXI foi marcada por grandes transformações e conquistas para a Shell, que expandiu suas operações ao se fundir com a BG, se tornou a segunda maior produtora de petróleo do Brasil e criou a joint-venture Raízen. Nesta década, realizou altos investimentos em avanços tecnológicos e na produção de gás natural, participou do consórcio que arrematou o reservatório de Libra no primeiro leilão do pré-sal brasileiro e foi eleita a melhor marca de óleo lubrificante do país. Além disso, lançou negócio de comercialização de energia elétrica, ampliou ainda mais suas iniciativas e política de Diversidade & Inclusão e criou e fortaleceu importantes projetos no âmbito social.
A estratégia de focar na Exploração e Produção de petróleo e gás natural rendeu recordes à Shell Brasil. Em 2010, foram anunciados os investimentos para a segunda fase do Parque das Conchas (BC-10) – projeto de exploração em águas profundas localizado na Bacia de Campos – e, em 2012, foi iniciada a sísmica 4D em BC-10 e Bijupirá & Salema.
Também em 2010, lançou no varejo o Shell V-Power Etanol, único etanol aditivado do Brasil e, no ano seguinte, com a criação da joint-venture Raízen, passou a atuar em todas as etapas da produção de açúcar e de etanol da cana-de-açúcar. A empresa, formada em parceria com a Cosan, é também responsável pela distribuição de combustíveis para transporte e indústria a partir da integração de redes de distribuição e dos mais de sete mil postos da rede Shell.
No ano de comemoração do centenário da companhia no Brasil (2013), a Shell passou a integrar o consórcio vencedor do primeiro leilão do pré-sal brasileiro, o de Libra, localizado em águas profundas na Bacia de Santos.
Em 2015, foi anunciada a combinação entre Shell e BG. Anos mais tarde, se tornou a segunda maior produtora de petróleo e gás do Brasil. Conquistou participações em ativos nas Bacias de Campos, de Santos, de Barreirinhas e Potiguar, em projetos como operadora e não-operadora.
Em 2017, expandiu suas operações para a área da comercialização de energia elétrica, com a criação da Shell Energy Brasil.
Na área de Lubrificantes, a Shell foi eleita pela pesquisa Top of Mind de 2019 como a melhor marca da categoria do país. Com um vasto portfólio de produtos, vendeu cerca de 135 milhões de litros de lubrificantes no Brasil naquele ano.
Este foi também um período de fortalecimento da cultura de Diversidade & Inclusão da companhia. Entre as diversas iniciativas, está a criação, ao longo da década, de quatro redes de afinidade que reúnem funcionários interessados em desenvolver temas sensíveis na sociedade. A enABLE fala sobre os desafios das pessoas com deficiência, a Shell Women’s Network Brasil promove o desenvolvimento feminino na empresa, a TRUEColors é dedicada à inclusão da comunidade LGBTQIA+ e a B-Power aborda a equidade racial no meio empresarial. Por dois anos consecutivos (2019 e 2020), a companhia foi premiada pelo Guia Exame de Diversidade, organizado pela revista Exame em parceria com o Instituto Ethos, como melhor empresa em diversidade na categoria “Energia”.
Nesta década, a relação da Shell com a sociedade foi ampliada com a criação e o fortalecimento de projetos de investimento social nos mais diversos âmbitos. O Quipea (2010) – projeto do licenciamento ambiental - estimula o empoderamento de comunidades quilombolas e o Mar Atento (2017) capacita pescadores para resposta a emergência. Na área educacional, o Prêmio Shell de Educação Científica (2014) reconhece professores da rede pública que ensinam Ciências e Matemática de maneira inovadora e o NXplores (2017) aborda o nexo de interdependência entre água, energia e alimentos junto a estudantes da rede pública. Em 2015, nasceu no Rio de Janeiro o Museu do Amanhã e a Shell tornou-se mantenedora do espaço. No ano seguinte, o país hospedou a primeira edição da Shell Eco-marathon Brasil, competição que estimula a criação de protótipos de veículos ultraeficientes entre estudantes universitários. Em 2019, a campanha #oRioTemEssaEnergia marcou a relação histórica da Shell com o Estado do Rio de Janeiro, casa da empresa desde 1913, ao reunir e impulsionar as principais iniciativas sociais da companhia para gerar valor, emprego e renda para a sociedade e resgatar o orgulho dos moradores.
Década de 2000

Junto à chegada do novo milênio e aproveitando um momento próspero para a companhia, algumas novidades surgiram nos anos 2000: a Shell Marine Products Brasil entra em operação, é criada a Shell Energy Efficiency, o Varejo lança a gasolina Shell V-Power e nascem os programas Saber Dividir e Iniciativa Jovem. Na área de E&P, a Shell vem investindo, desde 2005, na exploração da camada pré-sal do petróleo.
As operações estão atualmente concentradas no bloco BMS-54, localizado na Bacia de Santos. Além disso, a Shell comprou a empresa Enterprise Oil, assumindo o desenvolvimento dos campos de Bijupirá e Salema. Completando o momento de intensa atividade, a Shell arrematou cinco blocos na Bacia de São Francisco, o que significa o pontapé da empresa na exploração onshore no Brasil.
Os ventos do novo milênio trouxeram transformações importantes para a Shell no Brasil. O ano de 2001 foi marcado por uma novidade importante para o setor de Varejo: o programa DNA da Shell, que pretendia inibir a adulteração de gasolina na rede de postos, fortalecendo assim a confiança dos clientes na qualidade do que era comercializado. No ano seguinte, chegou aos postos o DNA da Shell Diesel. Já em 2003, o setor lançou no Brasil a gasolina Shell V-Power, que contém tecnologia de alto poder de limpeza, desenvolvida para ajudar a aprimorar o desempenho e agilidade do automóvel.
A área de Investimentos Sociais iniciou, em 2001, um de seus projetos mais bem sucedidos: o programa Iniciativa Jovem, que estimula o empreendedorismo entre os jovens.
Outras conquistas vieram no mesmo ano: a mudança da sede para o Centro Empresarial Barra Shopping, no Rio de Janeiro, a criação da Shell Energy Efficiency (divisão da área de Gás Natural e Geração de Energia cuja meta é auxiliar clientes a reduzir o consumo de energia) e o início da operação da Shell Marine Products no Brasil. Além disso, no fim de 2001, a empresa se tornou a primeira de capital privado a encontrar no país um reservatório de petróleo com boas perspectivas de produção. A descoberta foi no bloco BMS-54, na Bacia de Santos.
Também em 2001, a Shell compra a empresa inglesa de exploração e produção Enterprise Oil, assumindo o desenvolvimento dos campos de Bijupirá e Salema, na Bacia de Campos. A produção teve início em 2003 e fez com que a companhia se tornasse a primeira a produzir petróleo depois da flexibilização do monopólio estatal.
Em 2008, a Shell arrematou cinco blocos na Bacia de São Francisco. A aquisição representa a entrada da empresa na exploração onshore no Brasil. Já no ano seguinte, teve início a produção de petróleo e gás natural no Parque das Conchas, localizado a 110 quilômetros da costa do Espírito Santo, na Bacia de Campos. O projeto, em parceria com Petrobras e ONGC, é um dos principais do portifólio da Shell e marca o uso de tecnologias pioneiras na exploração em águas profundas no Brasil.
Década de 1990

Essa foi uma década especial para a Shell, graças aos inúmeros lançamentos e ações que ocorreram nesse período. Dentre as novidades, chegou ao Brasil a Select, marca mundial de lojas de conveniência, assim como foram lançados os lubrificantes Shell Helix e Rimula–X. Além disso, a Shell entrou no mercado brasileiro de gás natural ao comprar parte das ações da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) e criar a Shell Gas. Quanto ao panorama nacional, o Congresso aprovou a flexibilização do monopólio do governo sobre a indústria de petróleo, o que preconizou os princípios do livre mercado para o setor.
O primeiro ano da década foi de grandes ações para a companhia. Uma delas foi o lançamento do Programa Shell Esportes Comunitários, que atendeu em quatro anos cerca de seis mil crianças em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro. Outros exemplos foram a participação da empresa na restauração do Cristo Redentor, o lançamento do Shell Card e o apoio da companhia ao Programa Mata Atlântica, do Jardim Botânico. A Shell também apoiou em 1991 a reconstrução do Autódromo de Interlagos (SP), que foi reinaugurado no GP Brasil de Fórmula 1.
Em 1992, é lançada a Fórmula Shell Gasolina no Brasil, um combustível diferenciado que foi substituído anos depois pelo Shell V-Power. Ainda naquele ano, a unidade de Lubrificantes conquistou a ISO 9001, tornando a Shell a primeira companhia de petróleo do país a receber a certificação internacional de qualidade.
O ano seguinte teve como destaques o início da produção de gás no Campo de Merluza, na Bacia de Santos, e o lançamento da Shell Fórmula Diesel. O Shell Fórmula Álcool veio em 1994, assim como o reconhecimento da excelência do setor de Aviação, através do certificado ISO 9002, que também foi conquistado pelo setor de Combustíveis no ano seguinte.
Em novembro de 1995, em sessão histórica, o Congresso Nacional aprovou a flexibilização do monopólio do governo sobre a indústria de petróleo, que eliminou a exclusividade da Petrobras na exploração e produção de petróleo e gás e preconizou os princípios de livre mercado.
Ainda em 1995, chega ao Brasil a Select, marca Shell mundial de lojas de conveniência, e é lançado o lubrificante Rimula-X, topo de linha da família de lubrificantes Rimula, para motores a diesel. Já para os motores a gasolina, a empresa lançaria, no ano seguinte, os lubrificantes Shell Helix.
Em 1997, a Shell entra no mercado brasileiro de gás natural ao comprar parte das ações da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás). No mês seguinte, nasce a Shell Gas, com o início da produção e comercialização de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).
Década de 1980

Os grandes desafios econômicos marcaram os anos 80. Eles foram causados principalmente pelo aumento do preço do petróleo. Mesmo diante dos obstáculos financeiros, a Shell manteve altos investimentos no país e diversificou seus negócios, passando a comercializar álcool. Já na área cultural, nascem os Prêmios Shell de Música e Teatro, exemplos do comprometimento com a arte nacional.
Os anos 80 foram marcados pela alta dos preços do petróleo. O fenômeno desaqueceu a economia mundial -- o que, ao lado de outros fatores, fez o mundo mergulhar em depressão, período chamado pelos historiadores de “década perdida”.
Mesmo com os desafios econômicos, a Shell manteve altos investimentos no país e diversificou seus negócios. Em 1980, a indústria automobilística nacional lançou os primeiros carros a álcool. A empresa apoiou a expansão do combustível e lançou a campanha “Você pode confiar no álcool”.
Em 1981, 65% dos postos Shell já estavam equipados para o abastecimento do produto. Outras novidades vieram no mesmo ano: o lançamento do lubrificante Shell Luma e a chegada das bombas eletrônicas aos postos.
O ano de 1981 também foi especial para a parceria da empresa com a cultura nacional, pois foi criado o Prêmio Shell de Música. A edição de número 162 da Notícias Shell, publicada em dezembro de 1981, mostrava com orgulho o comentário do Jornal do Brasil sobre o sucesso da ideia:
“Se valer a opinião de quantos assistiram no (teatro) João Caetano ao concerto Sempre Pixinguinha (um dos homenageados, ao lado de Villa-Lobos), a Shell atingiu a finalidade a que se propôs, de lançar um prêmio para uma área das artes nacionais”.
Frente à proibição da propaganda de combustíveis, a empresa usou a criatividade, com promoções, investimento pesado no marketing dos lubrificantes e iniciativas como o Shell Responde, uma publicação lançada em 1982 e voltada para a educação no trânsito.
Em 1985, a Shell começou a patrocinar a McLaren. Foram 10 temporadas, que renderam seis campeonatos mundiais de construtores e sete de pilotos, como Niki Lauda, Alain Prost e Ayrton Senna.
A primeira loja de conveniência em posto de serviços do país foi inaugurada em São Paulo em1987, sob a marca Express. No ano seguinte, surgiu o Clube Irmão Caminhoneiro Shell.
Dois anos depois, nasceu o Prêmio Shell de Teatro, que abrange as cidade do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Década de 1970

Os anos 70 tiveram como cenário a primeira grande crise mundial do petróleo, que reduziu em 75% a produção em todo o globo. Isso fez com que o governo estabelecesse o programa Pró-Alcool, cujo objetivo era estimular a produção do combustível em substituição à gasolina. A Shell apoiou a iniciativa, dando seu aval tecnológico internacional à produção do novo combustível. O apoio foi tão intenso que, na década seguinte, a empresa lançaria a campanha “Você pode confiar no álcool”.
No ano do tricampeonato brasileiro de futebol (1970), chegou ao mercado o lubrificante Shell Super, contando com Pelé como astro da campanha de lançamento. A empresa patrocinou, no mesmo ano, a série de documentários Shell Especial, na Rede Globo.
No início dos anos 70, o número de postos cresceu: de 1.162 em 1959 para cerca de 3 mil em1971, ano da associação com a Petróleo Sabbá, que estendeu a rede de postos Shell para a Região Norte, onde já estava presente a Shell Aviação. A dinâmica da concorrência sofreu grandes alterações com a criação da estatal BR Distribuidora.
Em 1973, nasce a Pinacoteca Shell e é criada a Mineração Rio Xingu, marcando o ingresso da empresa na área de metais. Ainda naquele ano, iniciou-se um longo período de racionamento de combustíveis em todo o mundo. Em represália ao apoio ocidental a Israel, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) reduziu em 75% a sua produção, gerando a primeira grande crise do petróleo.
A resposta do governo brasileiro veio em 1975, com o programa Proálcool, com o objetivo de estimular a produção do álcool. A iniciativa foi bem-sucedida e colocou o Brasil na posição de único produtor desse combustível. A Shell apoiou o lançamento do álcool, dando seu aval tecnológico internacional ao novo produto.
Em 1977, a Billiton Metais, empresa mundial do Grupo Shell na área de metais não ferrosos, se estabelece no país. A partir daí, as atividades da Shell no Brasil são reestruturadas em três empresas: Shell Petróleo S.A., Shell Química S.A. e Billiton Metais S.A., coordenadas pela holding Shell Brasil S.A. (Petróleo). No mesmo ano, o Centro Agroquímico de Paulínia é inaugurado.
O último ano da década (1979) foi marcado pela transferência da sede da Shell para a Praia de Botafogo, onde permaneceria até 2001.
Década de 1960

A década de 60 começou com a nacionalização da companhia, que passou a ser uma empresa brasileira de capital estrangeiro chamada Shell Brasil S.A. Outro destaque do período foi o crescimento acelerado do Varejo, ao ritmo de “um posto por dia”, o que fez com que a companhia assumisse a liderança do setor. Ao lado do sucesso do Varejo, as campanhas de Marketing foram fundamentais para o crescimento da visibilidade da empresa no país e sua consolidação no território nacional.
Em agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros assinou o decreto que tornou a Shell uma empresa brasileira de capital estrangeiro. A razão social da empresa passou a ser Shell Brasil S.A., com sede no Rio de Janeiro. Os estatutos da companhia foram adaptados à legislação brasileira. No entanto, os objetivos do negócio permaneceram os mesmos, bem como a personalidade jurídica e as responsabilidades da empresa.
Em 1963, a companhia comemora o seu cinquentenário no Brasil. Nesse período, a Shell foi capaz de estabelecer bases sólidas por aqui: eram, na época, 2.200 funcionários atuando em 48 cidades, em 15 escritórios, 46 bases distribuidoras, 1.343 postos de serviços, 34 postos de abastecimento de aeronaves e duas fábricas.
O ano seguinte foi marcado pelo início dos turbulentos governos militares. Na companhia, a novidade foi que a área de Químicos tornou-se empresa, a Companhia Brasileira de Produtos Químicos Shell, da qual a Shell Brasil é acionista. Ainda em 1964, o Shell Esporte Clube comemorava seus 30 anos de existência, oferecendo, além de competições esportivas, intensa programação social e cultural.
Ocorreu, a partir de meados dessa década, a grande expansão do Varejo Shell, iniciada no fim dos anos 50, e que levou a companhia a assumir a liderança do setor. De 1965 a 1966, por exemplo, o Varejo cresce ao ritmo de “um posto por dia”. Na cidade de São Paulo, há num mesmo dia oito inaugurações. Em agosto de 1966, a Gasolina Shell com I.C.A. foi relançada, com grande sucesso.
O grande crescimento do Varejo, ao lado de boas campanhas de marketing, reforçou a imagem da concha na memória coletiva do país. Foi o tempo dos comerciais com o desenho animado do Elefantinho, das campanhas estreladas pelos mais famosos astros da época (como Pelé, Roberto Carlos, Os Mutantes e Wilson Simonal) e dos programas de música jovem patrocinados pela companhia.
Década de 1950

Acompanhando o cenário de mudanças na indústria do petróleo, essa foi a década em que a companhia deixou de se chamar Shell Mex Brazil Limited e passou a ser Shell Brazil Ltda. É nesse período também, que a Shell Global passa a fornecer combustível para a Ferrari, sendo criada uma parceria de sucesso. Além disso, a companhia reafirmou o seu pioneirismo no Brasil, ao ser a primeira a chegar em Brasília.
A década começou com o estabelecimento de uma das parcerias mais importantes da empresa. Foi quando a Shell passou a fornecer combustível para a Ferrari.
Em 1952, foi inaugurado o Departamento de Produtos Químicos, em São Paulo, para a comercialização de materiais químicos de uso industrial e defensivos agrícolas. Além disso, a empresa trocou de nome novamente: de Shell-Mex Brazil Limited passou a se chamar Shell Brazil Ltda.
Os anos 50 foram de grandes mudanças para a indústria petrolífera no Brasil. As forças estatizantes foram vitoriosas e o monopólio estatal sobre a exploração e produção de petróleo foi instituído em 1953, com a criação da Petróleo do Brasil, a Petrobras.
A partir de então, por mais de 40 anos a distribuição e a revenda de produtos de empresas privadas permaneceram sob forte controle estatal.
O ano de 1954 foi marcado pelo lançamento, no varejo, do primeiro combustível diferenciado no Brasil: a Gasolina Shell com I.C.A. (Ignition Control Additive). Infelizmente, o combustível ficou apenas alguns meses no mercado, sendo retirado devido ao alto custo da importação do aditivo.
No governo de Juscelino Kubitschek, deu-se um crescimento industrial sem precedentes. Foi um período de incentivo à entrada de capital estrangeiro, expansão do setor de transportes e aumento do consumo.
Um dos marcos desse momento de vanguarda para a companhia aconteceu em 1957.
Foi quando a bandeira Shell reafirmou o seu pioneirismo, sendo a primeira a chegar a Brasília, com a inauguração, durante as obras de construção da nova capital, do primeiro posto de abastecimento e serviços do Distrito Federal.
É o que a Revista Shell do segundo trimestre daquele ano chamou de a “autêntica marcha para o Oeste”.
O ano também foi marcado por mais uma mudança de sede: O Edifício Shell, na Praça XV, foi desapropriado, em virtude da construção do Elevado da Perimetral. O escritório central se transferiu para a Avenida Rio Branco, também no Centro do Rio.
Um ano depois, em 1958, o Brasil se sagrava campeão mundial de futebol. A Shell também pôde comemorar uma importante vitória: recebeu a Medalha do Mérito na Segurança no Trabalho, entregue pelo ministro da área.
Década de 1940

Em 1941, estreia a primeira edição da revista Notícias Shell, que, na época, chamava-se Boletim Shell Energina. Além desse lançamento, houve uma mudança no nome da empresa, que deixou de se chamar Anglo-Mexican Petroleum Company para ser Shell-Mex Brazil Limited. No âmbito nacional, a década de 40 também foi marcada pelo movimento “O petróleo é nosso”, que defendia o monopólio do Estado sobre a produção da commodity.
O primeiro ano da década foi marcado pelo nascimento da revista Notícias Shell. O nome original era Boletim Shell Energina.
Lançada em outubro de 1940, a primeira edição chama a atenção para o anúncio de novos produtos - o Lustra-Móveis, o Tira-Manchas e o Limpa-Vidros Shell - e para uma mensagem sobre o conturbado período da Segunda Guerra Mundial.
Em 1943, quando o Brasil enviou tropas para a Itália, a Anglo-Mexican viu grande parte de seus 1.950 funcionários partirem para o combate. A empresa cooperou com o Ministério da Guerra na campanha de defesa passiva, divulgando as instruções à população em caso de ataque aéreo.
Participou, ainda, da “campanha da borracha”, material necessário ao esforço de guerra, coletando doações em seus postos de serviço. Ao mesmo tempo, o Shell Esporte Clube promovia festas em benefício da Cruz Vermelha. A Shell não ficou indiferente diante do que acontecia na época.
O ano de 1945, quando a guerra terminou, foi marcado no Brasil pelo fim da ditadura Vargas. Na empresa, a novidade era o fim da marca Energina.
O produto passaria a se chamar Gasolina Shell e a companhia deixaria de se chamar The Anglo-Mexican Petroleum Company, adotando em 1946 o nome de Shell-Mex Brazil Limited, num período em que, como dizia a primeira edição da revista corporativa, o petróleo ainda vivia a sua “primeira infância” no Brasil.
Nesse contexto, o movimento “o petróleo é nosso”, reunindo posicionamentos ideológicos de esquerda e centro, exigia o monopólio estatal de exploração e produção da commodity.
O fato é que o Brasil precisava aumentar sua produção de petróleo e não havia exemplo na experiência mundial de que o Estado pudesse ser tão bem-sucedido quanto a iniciativa privada na atividade petrolífera.
Década de 1930

Apesar da crise na economia mundial e do endurecimento do regime de Getúlio Vargas, uma das descobertas mais importantes para a Shell aconteceu nessa década: foi comprovada a existência de petróleo em terras brasileiras. O “ouro negro” jorrou pela primeira vez no município de Lobato, na Bahia. Entretanto, a euforia pela descoberta do petróleo foi abafada pelo início da Segunda Guerra Mundial que, dentre outras consequências, atingiu fortemente o setor.
No Brasil, a economia cafeeira e o poder oligárquico vinham em decadência, até que a aspiração das classes médias e do empresariado urbano por um novo modelo culminou com a revolução de 1930, que derrubou o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. Nesse ano, a Anglo-Mexican adquiriu seu primeiro vagão-tanque ferroviário. Quatro anos depois, foi fundado o Shell Esporte Clube.
Em 1938, teve início a intervenção estatal no setor de petróleo: o Decreto-lei 398, que criou o Conselho Nacional de Petróleo, declarou de utilidade pública o abastecimento de derivados e, além disso, de competência federal todas as medidas relativas ao setor.
Desde meados da década, segmentos esclarecidos da sociedade civil brasileira se movimentavam em torno da tese, não acatada pelo governo, da existência de petróleo no país. Um dos líderes foi o escritor Monteiro Lobato, também empresário e que, à frente, sucessivamente, das companhias Petróleo Nacional e Petróleo do Brasil, deu início às primeiras pesquisas. Mas foi o presidente da Bolsa de Mercadorias da Bahia, Oscar Cordeiro, quem teve êxito em provar ao órgão governamental a ocorrência de jazidas de petróleo no Estado da Bahia. Em 1939, o petróleo jorrou pela primeira vez no Brasil, no município de Lobato.
A euforia diante da descoberta de petróleo no Brasil diminui, ainda naquele ano, em função do início da Segunda Guerra Mundial, que afetou gravemente o setor de petróleo. Passam a ser enormes as dificuldades de transporte nos países em guerra. O racionamento de combustíveis ocorreu em quase todo o mundo, inclusive no Brasil, a partir de 1942.
Década de 1920

Na década de 20, a Shell avança pelo Brasil e marca presença nos quatro cantos do país. Além do surgimento da Shell Aviação, surgem os primeiros postos de serviços da Anglo-Mexican e ocorre a transferência da sede para o Edifício Shell, na Praça XV. A concha, símbolo da empresa, já é exibida. Entretanto, os últimos anos reservavam uma supresa: a Grande Depressão, maior crise econômica da história mundial, que prenunciava uma década difícil.
O projeto de expansão da Shell no Brasil segue em bom ritmo. Em 1921, são inaugurados o depósito no Porto de Santos e mais três filiais: em São Paulo, Porto Alegre e Salvador.
No ano seguinte, é aberta a filial de João Pessoa e surgem as primeiras bombas de gasolina, a manivela, em ruas, garagens de capitais e cidades do interior, bem como ao longo de rodovias.
A concha, marca registrada da empresa, já é exibida, juntamente com a inscrição da marca Energina, a primeira gasolina comercializada no país.
O ano ainda foi marcado pela inauguração de mais um depósito, na Zona Portuária do Rio, e pela terceira mudança de sede, que passou para a Avenida Rio Branco.
A Anglo-Mexican deu provas de seu pioneirismo em fevereiro de 1927, com o nascimento da Shell Aviação.
Foi a primeira empresa a fornecer combustíveis e lubrificantes para aeronaves. O abastecimento inaugural foi o do hidroavião “Atlântico”, que fez o primeiro voo comercial do Brasil. O avião decolou de Porto Alegre rumo a Rio Grande (RS), transportando três passageiros e 162kg de correspondências.
O último ano da década ainda reservava o surgimento dos primeiros postos de serviços da Anglo-Mexican e a transferência da sede para o Edifício Shell, na Praça XV, onde a empresa permaneceu por 30 anos.
O cenário econômico mundial parecia bom, até que a maior crise econômica da história, a Grande Depressão, se instalou em 1929, com a quebra da Bolsa de Nova York. Tempos difíceis estavam por vir.
Década de 1910

Essa é a década em que começa a história da Shell no Brasil. Em 9 de abril de 1913, a Anglo-Mexican Petroleum Products Co. LTD, primeiro nome da companhia, começa suas atividades em um pequeno prédio na rua da Alfândega, no Centro do Rio de Janeiro. Era um período de crescimento do consumo de produtos de petróleo, principamente os voltados para a indústria automobilística. Com isso, começa a expansão da companhia no país. Era o início de uma história de sucesso.
Seis anos depois de sua criação, o grupo de companhias Royal Dutch Shell finca sua bandeira em terras brasileiras, com um capital de 150 mil libras. Tudo começou em 9 de abril de 1913, com a assinatura do Decreto 10.186 pelo Marechal Hermes da Fonseca. No dia 15 do mesmo mês, os seis primeiros funcionários da Anglo-Mexican Petroleum Products Co. LTD (tendo sido o Sr. Adelino o primeiro de todos) começam suas atividades em um pequeno prédio na Rua da Alfândega, no Centro do Rio de Janeiro.
O primeiro nome da Shell Brasil, Anglo-Mexican, se justifica porque os produtos vinham da companhia de petróleo El Aguila, no México. Era um momento de crescente industrialização e efervescência política e social. A indústria precisava de derivados de petróleo e a Shell viu uma excelente oportunidade de negócios no Brasil.
Os primeiros produtos comercializados por aqui foram o Kerosene Aurora, óleos combustíveis industriais e, em menor volume, lubrificantes, óleo diesel e a Gasolina Energina. O primeiro meio de distribuição dos produtos foi o lombo de burros. Pouco depois, adotou-se carroções (também puxados por animais), até que os primeiros veículos motorizados puderam ser usados. Um fato interessante é que a Anglo-Mexican também vendia lampiões de querosene, já que grande parte da iluminação doméstica dependia do objeto. Em 1914, o primeiro depósito de óleo combustível do Brasil foi inaugurado na Ilha do Governador.
O crescimento da empresa fez com que a sede se transferisse, em 1917, da Rua da Alfândega para um espaço maior, na Rua Primeiro de Março. O nome também mudou: a empresa passou a se chamar simplesmente Anglo-Mexican Petroleum. Até aquele ano, o querosene era o produto mais vendido pela empresa. Depois disso, a indústria e o crescimento do setor de transportes fizeram com o que os óleos combustíveis assumissem a liderança.