
Os 3ds da Energia Renovável e seu papel na Descarbonização
Com as mudanças climáticas e o apelo cada vez maior por uma agenda ESG nos negócios, descarbonização, descentralização e digitalização estão entre as ações em prol do desenvolvimento sustentável do setor elétrico no Brasil.
Que o setor elétrico no Brasil e no mundo já está passando por profundas transformações ninguém duvida. E os chamados 3 Ds da Energia Renovável fazem parte dessa nova dinâmica. Descarbonização, descentralização e digitalização são alguns dos pilares dessa transformação e chegaram para fomentar a construção de um novo modelo de mercado para os próximos anos. Mas o que significa cada um deles para os diversos tipos de negócio?
Descarbonização
Refere-se à adoção de fontes mais limpas de energia como forma de reduzir as emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. A descarbonização já faz parte da agenda ESG de muitas empresas em diferentes setores e tem o objetivo de trazer as emissões para perto de zero.
Além de agregar valor ao negócio, contribuir com a sociedade e o meio ambiente, ainda reduz custos uma vez que energias renováveis são mais baratas a longo prazo. De acordo com o relatório Custos de Geração de Energias Renováveis em 20201, somente os projetos recém-adicionados de energias renováveis neste ano permitirão aos países emergentes uma economia de até US$ 156 bilhões durante o seu ciclo de vida.
Um exemplo é o acordo entre a Shell Energy Europe BV (Shell) e a Amazon para a viabilização do Projeto Eólico Offshore Amazon-Shell HKN, em construção na Holanda. O parque irá fornecer energia renovável e permitirá que a Amazon abasteça uma maior parcela de seus negócios com energia limpa, aproximando a empresa de sua meta de carbono líquido zero até 2040 e a continuar seu caminho para abastecer suas operações com 100% de energia renovável até 2025 – cinco anos à frente de sua meta inicial de 2030.

Descentralização
Este D se refere à produção de energia de forma mais flexível, eficiente e resiliente, sendo a geração distribuída a essência da descentralização, ou seja, o modelo tradicional de geração centralizada está se tornando mais participativo. Na prática, significa que pequenos geradores de energia altamente eficientes e descentralizados estão substituindo, gradativamente, as grandes usinas de energia de combustíveis fósseis, por exemplo.
São pequenos polos geradores de energia limpa que podem ser usados para abastecer pequenas regiões e até mesmo empresas de diferentes portes e segmentos, diminuindo a dependência de grandes geradores. Além disso, podem ser adaptados para a inclusão de sistemas de baterias, promovendo ainda mais a resiliência e flexibilidade na geração e armazenamento de energia.
Um exemplo disso é a fábrica de lubrificantes Brockville, nos EUA, que contou com a Shell Energy para a implantação de um sistema de armazenamento de energia com o objetivo de ajustar o fornecimento em virtude dos picos de demanda globais da empresa.
Digitalização
Este D trata da possibilidade de usar as tecnologias disponíveis para ter uma gestão mais eficiente dos custos com energia, através de ferramentas disponibilizadas pela Internet das Coisas (IOT), Big Data, Data Analysis, Blockchain e Inteligência Artificial (AI).
A Shell Energy já oferece em alguns países o que chamamos de Energy Management, uma solução que oferece maior controle do uso de energia. Essa solução conta com controles e alarmes inteligentes que monitoram, em tempo real, via desktop ou celular, o gasto de energia, gerando insights através de curvas de consumo que podem ser utilizados para identificar oportunidades de redução de custo.
Com o Energy Management, companhias estão conseguindo tanto reduzir seus custos com energia quanto mitigar as emissões de CO2. Isso significa que a aplicação em um D acaba impactando, de alguma forma, em outro D.
Além disso, a digitalização também pode auxiliar em operações de sistemas elétricos mais complexos. Lembra do D de descentralização? Se por um lado ele representa uma tendência positiva, por outro, tende a exigir uma estrutura mais robusta, já que para armazenar a eletricidade quando houver um excesso de geração, por exemplo, serão necessárias novas tecnologias para controlar toda a operação.
Em resumo, a digitalização será essencial para dar conta dessa nova dinâmica do setor elétrico no Brasil e no mundo, proporcionando a quebra de barreiras e aumento da flexibilidade de todo o sistema.
E a sua empresa? Já está preparada ou pretende explorar os 3 Ds?
Como a Shell Energy pode ajudar a atingir suas metas de descarbonização
Nosso portfólio de energia renovável e produtos ambientais ajuda você a tomar as medidas necessárias para descarbonizar seus negócios. Nossos Certificados de Energia Renovável (RECs e I-RECs) internacionais e projetos para compensação de carbono possibilitam reduzir as emissões líquidas de suas operações, mantendo seus custos sob controle.
Temos também as soluções baseadas na natureza que compensam suas emissões enquanto protegem e restauram ecossistemas críticos, incluindo florestas, pântanos e pastagens em diferentes partes do mundo. Um exemplo é o GreenTrees Reforestation Project (Projeto de Reflorestamento de Árvores), implantado no Mississipi (EUA). Segundo os desenvolvedores do projeto, já foram restaurados cerca de 120.000 hectares e gerados, anualmente, uma média de 500.000 toneladas de créditos de carbono em parceria com mais de 500 proprietários que reflorestaram suas terras agrícolas2.
2. Dados fornecidos pelo desenvolvedor do projeto
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