
Os desafios para um mundo net zero
Evitar, reduzir ou compensar as emissões dos gases de efeito estufa serão essenciais para manter o aumento da temperatura abaixo de 1,5 grau Celsius e assim minimizar os impactos das mudanças climáticas
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) revelou em seu mais recente relatório, publicado em fevereiro de 2022, que mais de 40% da população mundial é altamente vulnerável ao estado do clima. Por outro lado, sinaliza que se o aumento das temperaturas for mantido abaixo de 1,5 grau Celsius acima dos níveis da era pré-industrial – vale frisar que já atingimos uma elevação em torno de 1,2 grau Celsius - as perdas projetadas atualmente podem ser reduzidas1.
Significa dizer que reduzir as emissões dos gases de efeitos estufa (GEE) é um mecanismo indispensável para que o mundo consiga conter o aquecimento global e, consequentemente, limitar os efeitos indesejados das mudanças climáticas. E neste movimento, observamos um número cada vez maior de organizações que vêm assumindo o compromisso de reduzir, e até mesmo zerar, a emissão de gases poluentes na atmosfera. O desafio não é simples, mas é possível. Mas por onde começar?
Se a sua empresa ainda não tem o pleno conhecimento como e quanto emite em termos de emissão de gases de efeito estufa, uma das primeiras ações é fazer um diagnóstico das emissões do negócio. O GHG Protocol (Greenhouse Gas Control) é o método mais usado mundialmente pelas empresas e governos para a realização de inventários de GEE. Essa ferramenta é utilizada por muitas empresas, como a Shell inclusive, para entender, quantificar e gerenciar estas emissões.
O protocolo categoriza as emissões de gases de efeito estufa das empresas em três escopos e, entender o quanto o seu negócio emite em cada um deles, é essencial para que seja possível traçar uma estratégia eficiente para se atingir emissões líquidas zero.
ENTENDA CADA ESCOPO

Escopo 1
São as emissões liberadas como resultado direto das operações da própria empresa como, por exemplo, àquelas oriundas de veículos pertencentes ou controlados pela organização. O escopo 1 é obrigatório para as empresas que aderem à medição.

Escopo 2
Se referem às emissões indiretas a partir da geração de eletricidade, vapor, aquecimento e resfriamento adquiridos e consumidos pela empresa, ou seja, provenientes da energia elétrica adquirida para uso da própria companhia.

Escopo 3
Inclui todas as outras emissões ao longo da cadeia de valor sobre as quais a empresa possui responsabilidade indireta, como as emissões do resíduo gerado durante as operações, gases produzidos no transporte e armazenamento dos bens,dentre outros.
Evitar, Reduzir e Compensar
Uma vez identificada as oportunidades de redução das emissões da sua empresa nos diferentes escopos, o passo seguinte é a implementação das soluções, que pode ser dividida em três partes – evitar, reduzir e compensar. A Shell acredita que estas soluções são fundamentais para acelerar a chegada às emissões líquidas zero. Vamos entender um pouco cada uma delas.

Evitar emissões
Maximizando o papel da energia renovável na transição energética

Reduzir emissões
Promovendo o uso do gás natural como o hidrocarboneto de queima mais limpa

Compensar Emissões
Oferecendo soluções inovadoras para emissões que não puderem ser evitadas ou reduzidas
Evitar: maximizar o papel das energias renováveis na transição energética
Aproveite o potencial das características brasileiras e explore mais as fontes renováveis. Na Shell Energy comercializamos energia incentivada/renovável que inclui energia solar, eólica, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com opções de compra e venda (PPAs – Power Purchase Agreements) de diferentes fontes combinadas (blended PPAs) e desenvolvidos sob medida. Também oferecemos aos nossos clientes a modalidade de auto-produção de energia renovável para as empresas que queiram ter suprimento próprio, gerando adicionalidade e contribuindo para o alcance das suas metas de descarbonização.
É o caminho que a Gerdau, por exemplo, começa a trilhar. Por meio de uma joint-venture com o Grupo Shell, está previsto, a partir de 2023, o desenvolvimento, construção e operação de um novo parque solar no Estado de Minas Gerais com capacidade instalada de aproximadamente 260MWp. O parque fornecerá 50% do volume produzido para unidades de produção de aço da Gerdau no Brasil, na modalidade de autoprodução, e a outra metade será negociada no mercado livre por meio da Shell Energy Brasil.
Reduzir: uso de combustíveis mais limpos de baixo carbono
De forma geral, as companhias que geram sua própria energia podem substituir um combustível fóssil, como o carvão por exemplo, por outro com menos emissão de CO2, como o gás natural. Para ajudar as empresas a reduzir suas emissões, a Shell Energy fornece gás natural e GNL para clientes comerciais e industriais além de gás neutro em carbono, combinando as emissões compensadas com Soluções Baseadas na Natureza.
Para as empresas que compram energia para atender suas necessidades energéticas, a Shell Energy irá comercializar energia gerada por gás natural do pré-sal a partir de 2023, através da usina energética movida a gás Marlim Azul, uma Joint-venture entre Pátria Investimentos, Grupo Shell e Mitsubishi Hitachi. A usina contará com uma turbina de última geração com aproximadamente o dobro da eficiência energética que a média brasileira, além de permitir menor emissão de gases de efeito estufa por kWh. A energia gerada por Marlim Azul será vendida tanto no mercado cativo quanto no mercado livre.
Compensar: uso de soluções para compensar as emissões que não podem ser evitadas ou reduzidas
Alguns segmentos têm mais dificuldade em evitar ou reduzir a sua pegada de carbono. Para estes casos, um caminho é compensar as emissões dos gases poluentes investindo em Soluções Baseadas na Natureza (NBS) para compensar as emissões e adquirindo Créditos de Carbono. Um crédito representa a prevenção ou remoção de gases de efeito estufa equivalente a 1 tonelada de CO2.
Um exemplo dos projetos da Shell é o projeto Sine-Saloum, implementado no Senegal, na África, juntamente com a WeForest, para regenerar cerca de 4.775 hectares de manguezais como parte da maior iniciativa de restauração de mangue planejado do mundo. O projeto tem o objetivo de oferecer um habitat sustentável para inúmeras espécies de pássaros e peixes e fornecerão locais de nidificação para tartarugas marinhas e outras espécies ameaçadas de extinção.
A expectativa é que gere até 1,7 milhão de créditos removendo CO2 da atmosfera na medida em que os manguezais crescem. Os manguezais têm a capacidade natural de “sequestrar” carbono da atmosfera, sendo que cada hectare desse bioma é até quatro vezes mais eficiente em mitigar os efeitos da emissão de gases de efeito estufa do que uma área de floresta tropical. 2
Como a Shell Energy pode ajudar a reduzir as emissões de GEEs
Nosso portfólio de energia renovável e produtos ambientais ajudam você a tomar as medidas necessárias para descarbonizar seus negócios. Algumas de nossas soluções são os Certificados de Energia Renovável (RECs e I-RECs) internacionais, Créditos de Carbono e as chamadas Soluções Baseadas na Natureza (NBS).
Quer saber mais como a Shell Energy pode ajudar a reduzir a sua pegada de carbono?
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