Nota de Esclarecimento
dez 20, 2019
Esclarecimentos sobre as embalagens de lubrificantes encontradas no Nordeste do país.

Publicação: 17 de outubro de 2019
Atualização: 20 de dezembro de 2019
Para fins de esclarecimento, a Shell Brasil informa que o conteúdo original das embalagens com a marca Shell encontradas na Praia da Formosa, no Sergipe, não tem relação com o óleo cru presente em diversas praias da costa brasileira.
Trata-se de embalagens de Argina S3 30, um lubrificante para embarcações,de lote não produzido no Brasil. A coloração e as características do produto em questão são bem diferentes do óleo cru encontrado nas praias (conforme ilustrado na imagem). Além disso, cabe ressaltar que o adesivo em um dos tambores encontrados em Sergipe traz a data de 17/02/2019 associada ao envase do lubrificante Argina S3 30, e que a mancha de óleo cru começou a impactar a costa em setembro.
Os fatos apontam para uma possível reutilização da embalagem em questão – reutilização esta que não foi feita pela Shell. Adicionalmente, a companhia informa também que não transporta óleo cru acondicionado em barris em rotas transatlânticas.
Ainda sobre os tambores com rótulos de lubrificante encontrados no litoral do Sergipe, a Shell Brasil confirma que recebeu a notificação do IBAMA e respondeu dentro do prazo.
No dia 17 de outubro, a Shell Brasil recebeu a informação de que um novo tambor havia sido encontrado pela Marinha do Brasil no litoral do Rio Grande do Norte. Trata-se de embalagem de Omala S2 G 220, uma outra linha de lubrificantes. De acordo com o informe da Marinha, esse tambor estava fechado, com a presença de um líquido ainda não identificado em seu interior, e não apresentava vazamento.
Fato ou Fake sobre o óleo na costa brasileira?
Compartilhando da mesma preocupação que a opinião pública para com o óleo cru que atinge diversas praias brasileiras, nós da Shell Brasil, companhia do setor de energia integrada com mais de 106 anos de operação contínua no país, desejamos reforçar o nosso compromisso com a transparência e decidimos disponibilizar uma lista de verificação dos principais fatos e fakes relacionados aos recentes acontecimentos.
A quantidade exata de óleo cru que ainda pode afetar o litoral do país não é determinável. FATO
R: De acordo com autoridades brasileiras, ainda não é possível determinar a origem do vazamento nem sua exata proporção. Até o momento, a Marinha do Brasil afirma que mais de 5 mil toneladas de resíduo foram recolhidas de praias brasileiras.
O óleo foi resultado de um vazamento, acidental ou proposital, de um navio-tanque. INDETERMINADO
R: De acordo com informações divulgadas por autoridades brasileiras até o presente momento, ainda não é possível determinar a origem do vazamento que afeta a costa brasileira. Os órgãos competentes trabalham com diferentes cenários, mas ainda não há conclusões sobre a causa do incidente.
O navio responsável pelo vazamento é da Shell ou de uma empresa relacionada à Shell. FAKE
R: A Shell não transporta óleo cru acondicionado em barris. As embalagens de lubrificantes encontradas no litoral nordestino foram parar lá devido ao descarte feito por terceiros. A Argina S3 30 é um lubrificante usado em motores de navios, então faz sentido haver tambores presentes nas embarcações. O produto, entretanto, é utilizado na rotina de manutenção das embarcações, não necessariamente era a carga transportada.
A Shell sabe quem são os responsáveis. FAKE
R: Até o momento, as autoridades brasileiras seguem investigando a causa do incidente. Ainda não é possível indicar os responsáveis pelo vazamento – ou mesmo se o óleo está vindo de um naufrágio ou afloramento natural no leito do Atlântico.
A quantidade de óleo recolhido até o momento é compatível com o óleo transportado por um navio-tanque. INDETERMINADO
R: Até o momento, a Marinha do Brasil afirma que mais de 5 mil toneladas de resíduo foram recolhidas de praias brasileiras. Este resíduo pode incluir não apenas o óleo em si, mas também porções de areia e outros materiais que tenham se misturado ao petróleo. Navios-tanque podem ter tamanhos e capacidade de carga variados, então é difícil fazer essa correlação de forma precisa.
A substância que polui a costa brasileira é um lubrificante Shell. FAKE
R: A mancha que atinge centenas de praias brasileiras, especialmente no Nordeste, é de óleo cru, e não lubrificante. São materiais absolutamente diferentes, tanto em coloração quanto em suas características químicas. A Argina S3 30 é um lubrificante usado em motores de navios, então faz sentido haver tambores presentes em navios. O produto, entretanto, é utilizado na rotina de manutenção das embarcações, não necessariamente era a carga transportada.
Um lubrificante para embarcações polui o mar da mesma forma que o óleo cru. FATO
R: Tanto o lubrificante quanto o óleo cru devem ser manuseados de acordo com as recomendações das normas de saúde e segurança e não devem ser descartados no ambiente. Quem compra lubrificantes deve atuar de forma responsável e consciente no descarte de resíduos e embalagens.
Os tambores de lubrificantes encontrados da Praia da Formosa e no litoral do Rio Grande do Norte foram produzidos pela Shell FATO
R: As quatro embalagens de lubrificantes (três de Argina S3 30 e uma de Omala S2 G 220) encontradas no litoral do Sergipe e do Rio Grande do Norte, respectivamente, foram produzidas pelo Grupo Shell.
Para informação, a Shell Brasil possui um sistema de logística reversa de acordo com a legislação vigente no país. Ou seja, os clientes podem devolver a embalagem usada de lubrificante, e a empresa faz o descarte de maneira ambientalmente responsável. É importante frisar, entretanto, que após a venda o cliente passa a ter a responsabilidade e a custódia das embalagens e dos produtos.
Para completar, cabe lembrar que o conteúdo original das embalagens de lubrificantes não tem, definitivamente, nada a ver com o óleo cru que chega às praias do Nordeste. Afinal, lubrificante e óleo são coisas completamente diferentes.
Os tambores encontrados na praia da Formosa (Sergipe) e em mar aberto, a 7,4 quilómetros da Ponta de Tabatinga, ao norte de Natal (Rio Grande do Norte), têm a logo da Shell. FATO
R: Sim, pelo menos quatro das embalagens de lubrificantes possuíam rótulos com a marca da Shell. Pela informação nos adesivos, é possível determinar que nenhuma delas foi produzida no Brasil.
Os tambores encontrados continham óleo cru. INDETERMINADO
R: Originalmente, as quatro embalagens continham lubrificantes da Shell, que comercializou seus produtos com clientes. A partir da venda, não se pode afirmar categoricamente se alguém transportou óleo cru nos tambores, uma vez que não se sabe se as embalagens foram reutilizadas indevidamente por terceiros. É possível que as embalagens tenham tomado contato, num momento posterior, com o óleo que está contaminando as praias.
Os tambores encontrados são embalagens de lubrificantes. FATO
R: Sim, os quatro tambores são embalagens de lubrificantes: três de Argina S3 30, encontrados em Sergipe; e um de Omala S2 G 220, achado no litoral do Rio Grande do Norte. A Argina é um lubrificante para engrenagens navais, sendo, portanto, um produto muito usado em navios.
A Shell reutilizou os tambores para transportar óleo cru. FAKE
R: Não, a Shell jamais reutilizou nenhum dos quatro tambores para transportar óleo cru. Inclusive, a companhia não transporta óleo acondicionado em tambores – ou mesmo em barris. Após a venda, entretanto, a Shell não pode afirmar se os recipientes foram reutilizados de forma irresponsável e com outras finalidades.
A Shell foi notificada pelas autoridades brasileiras para prestar esclarecimentos. FATO
R: Como amplamente divulgado, a Shell Brasil foi notificada pelo Ibama e respondeu ao órgão dentro do prazo. Por meio de ofício, a autoridade brasileira solicitava esclarecimentos por parte da companhia sobre os tambores de lubrificantes encontrados no Nordeste.
A Shell admitiu que o óleo é dela. FAKE
R: Não, em nenhum momento. E não há qualquer indício de que seja.
A Shell não se posicionou sobre os acontecimentos. FAKE
R: Desde o surgimento da notícia de que embalagens de lubrificantes da Shell foram encontradas na Praia da Formosa, no Sergipe, a companhia publicou uma nota de esclarecimento em seu site e prontamente buscou contato com as autoridades brasileiras. A Shell respondeu ao pedido de informação IBAMA dentro do prazo e está em contato constante com a Marinha do Brasil e com o Ministério do Meio Ambiente para oferecer apoio na apuração dos fatos e no esforço de limpeza se necessário e dentro da nossa capacidade operacional – que é reduzida na região nordeste, região mais afetada pelo vazamento, onde não temos atividades de produção de petróleo offshore.
A Shell não intervém nas operações de limpeza do litoral no Nordeste, região mais afetada pelo óleo cru. FATO
R: A Shell não tem nenhuma atividade de exploração e produção no Nordeste do Brasil, região mais afetada pelo vazamento. Desta forma, a companhia não mantém aparato de resposta imediata a incidentes deste tipo na região. A empresa não possui embarcações, recursos e tecnologia de contenção e limpeza de óleo no litoral nordestino. Apesar disso, a Shell está em contato com o GAA (Grupo de Acompanhamento e Avaliação) e segue à disposição para auxiliar conforme o entendimento das autoridades, como, por exemplo, o envio de material como kits de proteção pessoal.
A Shell é acusada de conduta criminosa pelas autoridades brasileiras com relação ao óleo cru que apareceu, inicialmente, no litoral do Nordeste. FAKE
R: Não. Nenhuma autoridade brasileira, instituto acadêmico ou quaisquer órgãos competentes relacionam a Shell ao vazamento de óleo cru que afeta centenas de praias brasileiras. Inclusive, o Comprova – projeto integrado por 24 veículos brasileiros de imprensa – publicou uma extensa reportagem investigativa que esclarece a existência de publicações enganosas relacionando a Shell ao óleo cru que atinge a costa brasileira. Segue link: https://noticias.uol.com.br/comprova/ultimas-noticias/2019/10/22/e-enganosa-publicacao-que-atribui-a-shell-oleo-encontrado-no-nordeste.htm
A Shell mantém operações de exploração e produção de petróleo e gás no Nordeste, região mais afetada pelo óleo cru. FAKE
R: Não. A Shell não tem nenhuma atividade de exploração e produção no Nordeste. Atualmente, as operações da Shell em exploração e produção de petróleo e gás se concentram na região Sudeste, nas Bacias de Campos e Santos. A Shell tem contratos de concessão para explorar em algumas áreas no Nordeste, mas esses blocos (como são chamados na indústria de petróleo e gás) ainda estão em fase inicial de licenciamento ambiental, sem nenhuma atividade ou presença técnica na região.

Áreas da Shell Brasil, operadas ou em parceria, com atividade no momento.
Se as embalagens de lubrificantes encontradas no Nordeste possuem a logo da Shell, é correto dizer que o vazamento é de responsabilidade da empresa. FAKE
R: As quatro embalagens com a marca Shell encontradas em Sergipe e no Rio Grande do Norte são tambores de lubrificantes, não barris de petróleo. O conteúdo original destes tambores (lubrificantes Argina S3 30 e Omala S2 G 220) não tem nenhuma relação com o óleo cru que chega a praias brasileiras. Essas embalagens podem ter sido reutilizadas ou entrado em contato com óleo a qualquer momento após o seu descarte. Se alguém comprar uma latinha de refrigerante ou cerveja e deixar na praia (uma atitude que a gente acha completamente errada!!), a responsabilidade é de quem produziu a bebida? – Não, né?
A Shell mapeia todo barril ou embalagem de seus produtos, até a sua venda. FATO
R: Sim – até a primeira venda! A Shell tem controle sobre a distribuição direta de seus produtos. A partir da venda, o produto (e a sua embalagem) passa a estar sob propriedade e custódia do comprador.
O estudo da Universidade Federal do Sergipe afirma que o óleo cru que atinge a costa brasileira é da Shell. FAKE
R: O laudo da análise feita pela Universidade Federal da Bahia em parceria com a Universidade Federal do Sergipe nem cogita a possibilidade de que o material encontrado nas praias seja lubrificante. Trata-se de óleo cru. E o que a Shell envasou originalmente nos tambores foram lubrificantes.
O IBAMA notificou a Shell e a companhia não se manifestou. FAKE
R: O Ibama notificou a Shell, que respondeu prontamente e dentro do prazo. O órgão ambiental buscava informações sobre os tambores de lubrificantes encontrados em praias nordestinas. Como solicitado, a Shell forneceu às autoridades brasileiras os dados de produção e distribuição dos tambores.
A Shell faz negócios com a Venezuela comprando o óleo daquele país. FAKE
R: Não. A Shell não produz nem comercializa petróleo venezuelano.
As embalagens que apareceram na costa brasileira foram produzidas no Brasil. FAKE
R: Não. Pelas informações nos rótulos dos tambores, é possível determinar que as quatro embalagens foram produzidas e comercializadas fora do Brasil.
Os tambores encontrados em Sergipe serviam para transportar lubrificante, mas aquele no Rio Grande do Norte era para o óleo cru. FAKE
R: Os quatro tambores eram de lubrificantes.
O conteúdo original das embalagens de lubrificantes da Shell tem relação com o óleo cru que atinge, principalmente, o Nordeste. FAKE
R: Não. O conteúdo original das quatro embalagens encontradas no Nordeste era lubrificante, que não tem nenhuma relação com o óleo cru que afeta a costa brasileira. Os tambores eram de Argina S3 30 e Omala S2 G 220.
A Shell tem a obrigação de garantir o descarte responsável de todas as suas embalagens por parte de consumidores. FAKE
R: Após a venda, o cliente passa a ter a responsabilidade e a custódia das embalagens tanto quanto dos produtos. A Shell Brasil, entretanto, possui um sistema de logística reversa, de acordo com a legislação vigente no Brasil.
Os tambores encontrados na costa brasileira foram produzidos ou comercializados pela Shell Brasil. FAKE
R: Não. Os quatro tambores de lubrificantes foram produzidos e comercializados fora do Brasil.
A Shell encaminhou ao governo brasileiro dados de compradores dos produtos encontrados no Brasil. FATO
R: Como solicitado pelo Ibama por meio de notificação, a Shell forneceu às autoridades brasileiras os dados de produção e distribuição dos tambores de lubrificantes.
A Shell transporta óleo cru em tambores. FAKE
R: Não. A Shell não transporta óleo acondicionado em tambores.
A Shell é obrigada a prestar os devidos esclarecimentos às autoridades brasileiras, para auxiliar nas investigações. FATO
R: Sim. Mas antes até da obrigação legal, a gente quer ajudar a esclarecer os fatos.