
Uma história de duas barragens
Apesar de sua natureza diferente, Amsterdã é uma capital comercial e turística e Roterdã uma cidade industrial portuária. As duas têm ambições ousadas para 2025.
Dois modelos holandeses de sustentabilidade urbana
Geralmente, cidades que enfrentam os maiores desafios se tornam os exemplos mais brilhantes de resiliência e planejamento sustentável. Duas cidades que são exemplo disso são Amsterdã e Roterdã, nos Países Baixos. Apesar de sua natureza diferente, Amsterdã é a capital comercial e turística e Roterdã uma cidade industrial portuária. As duas têm ambições ousadas de reduzir pela metade seus níveis de emissões de carbono de 1990 até 2025. Isso é impulsionado por sua vulnerabilidade às previsões de impactos causados pelas mudanças climáticas, já que parte das duas cidades fica abaixo do nível do mar.
Como resultado de ação contínua nas últimas décadas, Amsterdã é agora reconhecida como uma das cidades mais sustentáveis e habitáveis do mundo. Ela sempre fica entre as top cinco cidades do mundo no Índice de Cidades Verdes da Siemens, assim como no estudo das cidades mais inteligentes do mundo da Revista Forbes. Roterdã também iniciou uma estratégia de adaptação climática detalhada e tem o objetivo de ser 100% resistente a alterações do clima até 2025.
Integração é a chave
As duas cidades adotaram uma abordagem integrada e inovadora à construção de resiliência, fornecendo energia e transporte mais verdes e proteção climática, além de investir em parcerias colaborativas entre os setores público e privado.
Amsterdã se tornou líder mundial em produção de eletricidade, aquecimento e produtos derivados de resíduos industriais, urbanos e de água, e agora fornece aquecimento gerado por resíduos a 55.000 de seus 500.000 lares, com planos de aumentar esse número para 200.000 até 2040. Do mesmo modo, a nova rede de transporte a vapor de Roterdã está ajudando a reduzir suas emissões de CO2 dos negócios locais em 400.000 toneladas por ano. A cidade também melhorou sua resiliência a enchentes. Ela cobriu mais de 130.000 metros cúbicos de telhados com jardins para absorver precipitação e construiu praças submersas para recolher a água de chuvas fortes que alagariam o sistema de esgotos.
No quesito transporte mais verde, as duas cidades se tornaram líderes mundiais em carros elétricos. Até o outono de 2013, Amsterdã tinha a mais alta densidade de postos de carga no mundo (650 no total) e um esquema operado pela iniciativa privada de compartilhamento de carros elétricos. Roterdã tem 1.110 carros elétricos em suas ruas, o número mais alto na Europa, e a maior proporção global de veículos elétricos por veículos a gasolina.
A visão das duas cidades para um amanhã mais verde levou a um crescente status como líderes de pensamento em sustentabilidade urbana no futuro, e as duas promovem ativamente o compartilhamento de conhecimento com outras cidades. Em setembro de 2013, Amsterdã anunciou planos de criar um instituto público-privado de liderança mundial que irá explorar novas soluções avançadas para cidades. Da mesma forma, em 2012 Roterdã foi nomeada Cidade Modelo da UE de adaptação climática pela Comissão Europeia, dando-lhe o papel de líder no programa de treinamento da CE para ajudar outras cidades a se adaptar à mudança do clima.
A jornada que essas duas cidades continuam fazendo fornece um modelo de como outras cidades podem construir um futuro mais resiliente e sustentável. Nosso estudo Cenários Sob Novas Lentes Sobre as Cidades do Futuro fornece uma perspectiva visionária sobre desafios que cidades no mundo todo enfrentam e como podem lidar com eles de forma efetiva.
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