Primeiros passos
A Shell Eco-marathon teve início em 1939, quando funcionários da Shell Oil Company dos Estados Unidos fizeram uma disputa de quem conseguiria percorrer o caminho mais longo com a mesma quantidade de combustível. Em 1985, a competição se tornou oficial. Desde então, ela se expandiu para outros dois continentes, Ásia e Europa, incentivando o debate sobre o futuro da energia e mobilidade urbana.
Três continentes e várias categorias
Com as etapas Americas, Ásia e Europa - realizadas em diferentes momentos – a maratona pode abranger até seis categorias de energia: Gasolina, Combustíveis Alternativos, Diesel, Bateria Elétrica, Hidrogênio e CNG. A disputa também é dividida entre “Prototype” (protótipo), que prioriza a eficiência do veículo; e “UrbanConcept” (conceito urbano), que premia os veículos com os designs mais práticos.
Após um ano de preparação, os jovens engenheiros têm apenas alguns dias para provar durante a corrida que seus veículos são os mais eficientes. Para isso, realizam inúmeros testes, já que é preciso percorrer a maior distância possível com o equivalente a um litro de combustível.
O número de voltas no circuito é pré-determinado, assim como uma velocidade máxima específica. A partir do desempenho das equipes, os organizadores calculam a eficiência energética dos veículos competidores e indicam um vencedor para cada categoria de acordo com a fonte de energia utilizada. Também são premiados os projetos com diferenciais em segurança, comunicação, design e melhor trabalho em equipe.
Califórnia recebe a Shell Eco-marathon Americas
Pela primeira vez, a Califórnia sediou a Shell Eco-marathon Americas. Entre 19 e 22 de abril, centenas de estudantes das Américas Central, do Norte e do Sul levaram seus protótipos de carros ultraeficientes para as pistas de corrida. A disputa foi realizada na Sonoma Raceway, na cidade de Sonoma, com a participação de 98 times. A competição faz parte do Make the Future California, festival que reúne inovação e ideias brilhantes para o futuro da energia.
Entre as equipes participantes, cinco eram do Brasil: Equipe Pato a Jato, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná; e3, da Universidade Federal de Santa Catarina; MecMack, da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Milhagem UFMG, da Universidade Federal de Minas Gerais; e Eficem, da Universidade Federal de Santa Catarina. Além do Brasil, outros oito países participaram da disputa.
Ideias para eficiência energética brilharam em Detroit em 2017
A Cidade de Detroit, nos Estados Unidos, foi palco da 11ª edição da Shell Eco-marathon Americas, em abril de 2017. Com o objetivo de fomentar a pesquisa energética e encontrar alternativas para solucionar o futuro da energia, o evento promoveu uma série de competições de protótipos de carros ultraeficientes, estimulando o debate sobre como a sociedade pode usar tecnologia, colaboração e pragmatismo na busca por soluções efetivas para a matriz energética mundial.
Em Detroit, o evento teve:
- A participação de 114 equipes de escolas de ensino médio e universidades de diferentes países das Américas, incluindo Brasil, México, Colômbia, Peru, Guatemala, Porto Rico, Canadá e Estados Unidos;
- Carros-protótipo ultraeficientes que competiram para percorrer a maior distância utilizando a menor quantidade de energia. Foram três categorias: Motores de combustão interna (gasolina, etanol, diesel, GTL e CNG), Bateria Elétrica e Hidrogênio.
- A participação de moradores de Detroit e visitantes, incluindo mais de 6.000 crianças em idade escolar, para viver essa grande experiência.